Taís Mahalem
Postado dia 24/01/2023
11:53

O que fazer no leste europeu: roteiro completo para conhecer países

vista superior da ponte sobre o mar entrando na cidade de Praga na Republica Tcheca

Já pensou em viajar para o leste europeu? Mais de 20 países fazem parte dessa região do velho continente e abrigam uma infinidade de atrações e belas paisagens, que valem muito a pena conhecer. Confira algumas dicas!

Os países que fazem parte da região do leste europeu são mundialmente conhecidos pela importância histórica, cenários encantadores e, claro, por conflitos ao longo das décadas.

Desde a Primeira Grande Guerra Mundial a região leste da Europa vem se reinventado, reestruturando e se fortalecendo tanto econômica como culturalmente.

Muitas cidades como as capitais Moscou, Praga e Budapeste vêm nos últimos anos conquistando a preferência de turistas de diversas partes do mundo e, em especial, dos nativos de países da Europa Ocidental.

Um dos principais atrativos que levam muitas pessoas a buscarem pacotes de viagem para os países do leste europeu, – além das paisagens e de uma rica cultura – está no preço. Ou seja, férias bem aproveitadas a um valor mais atrativo do que cidades mais badaladas como Paris, Londres ou Roma.

Que tal conhecer um pouco mais sobre essa região da Europa, quais são os países mais interessantes para turistar e descobrir algumas dicas de roteiros inspiradores? Leia a seguir!

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Principais características do leste europeu

O termo “leste europeu” não se tornou popular apenas pela questão geográfica em referência a localização de uma parcela dos países do velho continente.

A expressão ficou conhecida e ganhou força durante a Guerra Fria e, era uma maneira de identificar e separar as nações que faziam parte da Europa Ocidental capitalista e da Europa Oriental socialista.

Muitos dos 22 países que compõem o leste europeu, faziam parte da antiga União Soviética. Hoje, alguns ainda servem de territórios satélites para a Rússia, como Albânia e Bielorrússia, sendo nações aliadas ao governo de Vladimir Putin.

A presença russa se deu após a Segunda Guerra Mundial, quando essa região específica foi controlada e invadida pelo exército soviético, acabando assim com a expansão e domínio da Alemanha Nazista.

Após a queda da União Soviética, muitos países se reconfiguraram, libertando-se do controle russo, garantido seus direitos à liberdade e se reaproximando da Europa Ocidental.

Por longas décadas, os países dessa parte do continente se mantiveram isolados e distantes dos seus vizinhos, isso ajudou, de certa maneira, a manter muitos aspectos históricos, artísticos, arquitetônicos e cultural intactos.

A Europa do Leste é conhecida por ter uma beleza natural exuberante, com florestas, rios, lagos e uma flora diversificada e muito bem preservada.

Além disso, a região é banhada pelos mares:

  • Negro;
  • Mediterrâneo;
  • Báltico.

Religião

Até a Segunda Guerra, essa parte do território europeu concentrava a maior quantidade de judeus do mundo e também uma parcela significativa de muçulmanos.

Atualmente, após a influência soviética, boa parte da população é ortodoxa. Mas há também forte presença de católicos romanos – sendo a Polônia o maior país católico da região –, protestantes, judeus e muçulmanos.

Arquitetura

Com forte herança de construções da Idade Média, os países do leste europeu possuem uma arquitetura rica que ajuda a contar muito sobre a história local.

Casarões e castelos seculares configuram o cenário local, dando ao visitante uma atmosfera mágica e singular.

Cultura

A região é muito conhecida por ser um grande exportador cultural e artístico, com forte destaque para a música clássica e danças folclóricas.

As influências que ajudam a desenhar a cultura local é bem diversa, a começar pela língua que possui características predominante eslavas, mas também grega, turca e latina.

Porém, em muitos países o inglês é falado e usado tranquilamente entre os nativos, facilitando muito a experiência do turista.

Quais países fazem parte do leste europeu?

Ao todo, a região é composta oficialmente por 22 países, segundo a Organização das Nações Unidas e a UE. Eles são:

  • Albânia;
  • Bielorrússia;
  • Bósnia-Herzegovina;
  • Bulgária;
  • Croácia*;
  • Eslováquia*;
  • Eslovênia*;
  • Estônia*;
  • Geórgia;
  • Hungria;
  • Letônia*;
  • Lituânia*;
  • Macedônia do Norte;
  • Moldávia;
  • Montenegro;
  • Polônia*;
  • República Tcheca*;
  • Romênia*;
  • Rússia;
  • Sérvia;
  • Turquia;
  • Ucrânia.

*Países oficialmente membros da União Europeia e dos acordos econômicos que ligam o bloco.

Além dos países citados, outras nações também já foram consideradas total ou parcialmente como integrante do leste europeu, mas hoje não listam como membros oficiais.

Armênia e Azerbaijão, por exemplo, possuem territórios presentes no leste europeu e asiático e, claro, a Alemanha, que após Segunda Guerra Mundial e até a queda do Muro de Berlim era dividida entre “ocidental e oriental”.

Por que visitar a região

A Europa não é chamada de velho continente à toa, esse pedaço do mundo foi responsável por abrigar muitas das chamadas “antigas civilizações”.

Por isso, foi palco de muitas transformações, conflitos, mesclas culturais, avanços tecnológicos e muito mais.

Porém, os países europeus possuem uma característica em comum que é a de preservar muito bem sua história, através da arte, da literatura, da música e da arquitetura.

Não é incomum ao caminhar por grandes capitais ou pelo interior, nos depararmos com construções seculares ao lado de prédios modernos.

Passado e presente seguem lado a lado em perfeita harmonia e, isso vale para todo o continente, inclusive para o leste.

Países que por longos anos ficaram afastados do lado ocidental, por uma invisível “cortina de ferro”, hoje se abrem para o mundo e apresentam belezas naturais, igrejas majestosas, castelos medievais e ruelas de pedra dentro de bairros coloridos e multiculturais.

A experiência cultural que envolve conhecer os países do leste europeu é muito enriquecedora e interessante. Além disso, são destinos inusitados, que fogem do mais do mesmo e não decepcionam.

Abaixo, confira os destinos mais buscados, que apresentam uma variedade de atrações para visitar.

Hungria

Vista da cidade com uma igreja na beira d'água na cidade da Hungria

A Hungria é um dos principais destinos da região do leste europeu, a capital Budapeste é a porta principal para a entrada de turistas curiosos por conhecer mais sobre a história e cultura do país.

Budapeste é uma cidade cortada pelo Rio Danúbio, sendo assim, é dividida entre Buda, que está localizada na região das colinas e abriga muito da parte histórica e secular da capital húngara, e Peste, dita como a região mais moderna, agitada e cosmopolita, repleta de bares, baladas e restaurantes.

A travessia entre um lado e outro da cidade é feita pela belíssima Ponte das Correntes, um ponto turístico obrigatório.

Em Budapeste, entre os dois lados da cidade, você precisa conhecer:

  • Museu da História;
  • Igreja São Matias;
  • Bastião dos Pescadores;
  • Castelo de Buda;
  • Edifício do Parlamento Húngaro;
  • Praça dos Heróis;
  • Museu de Belas Artes.

A Hungria é bem procurada e conhecida por suas águas termais e banhos medicinais, para quem deseja relaxar em águas naturalmente mornas, precisa esticar a viagem até a cidade de Erger, que além dos banhos termais também tem grandes monumentos históricos à disposição dos visitantes.

República Tcheca

Vista da cidade de Praga a beira d'água

Praga, a capital da República Tcheca, é uma das cidades que mais recebem turistas quando falamos de leste europeu, juntamente a Budapeste e Moscou.

Com ruas e castelos medievais, Praga tem uma beleza exuberante e é fácil perceber isso dada a sua arquitetura rica em detalhes que demostram muito do estilo neogótico e garantem belas fotos e vídeos de recordação.

Uma boa dica é se hospedar na parte central da capital Tcheca, assim você poderá percorrer as ruas e vielas antigas e conhecer a Cidade Velha, a Cidade Nova e a região do Castelo – principais pontos turísticos – enquanto aproveita para experimentar a culinária de rua local.

Para aqueles que possuem algum tipo de dificuldade em se locomover a pé, ou quiserem economizar tempo, basta comprar seu Prague Card, que dá acesso a todos os transportes públicos.

Dentre os principais pontos a percorrer, estão:

  • Sinagogas de Praga;
  • Catedral de São Vito;
  • Castelo de Praga;
  • Ponte Carlos;
  • Bairro Judeu;
  • Relógio Astronômico de Praga.

Eslováquia

Vista aérea da cidade da Eslováquia

Perfeita para casais que buscam um roteiro mais romântico, a Eslováquia é um pequeno país repleto de atrativos encantadores e de beleza contagiante.

Com pouco mais de 5,6 milhões de habitantes, em todo seu território, encontram-se 180 castelos sobreviventes da era medieval do império Austro-Húngaro.

Bratislava é a capital e maior cidade do país e faz fronteira com a Hungria e a Áustria – única nação do mundo a ter uma capital com fronteiras para outros países.

Para quem ama contato com a natureza, o país reserva mais 6 mil cavernas e 14 parques nacionais que contam com preservação e cuidados, por isso, os passeios devem ser guiados.

A gastronomia é outro atrativo, sua culinária típica é bem variada, diversa e diferente do que a maioria está acostumada no Brasil, mas saborosa e vale a pena experimentar um pouco de tudo, por isso, invista em restaurantes que tenham menu degustação.

As principais atrações do país, são:

  • Castelo de Bratislava;
  • Montanhas Tratas;
  • Castelo de Spiš;
  • Castelo de Devín;
  • The Blue Church;
  • Catedral Santa Isabel.

Bulgária

Foto de uma igreja na cidade da Bulgaria

A Bulgária é um dos destinos mais baratos do mundo e, por isso, vem se tornando um atrativo para turistas de todos os lugares.

Mas essa não é a única razão para você incluir o país no seu roteiro pelo leste europeu. Para quem ama história e é apaixonado por arquitetura, a Bulgária é um verdadeiro paraíso.

Catedrais, monastérios, mesquitas, palácios e ruas que ainda preservam a autenticidade das construções medievais, tornam a experiência uma viagem no tempo.

Além disso, o país também reserva muitas atrações naturais e aventuras que permitem o contato direto com a natureza bruta local, como um mergulho nas águas do Rio Negro, explorar cavernas, fazer trekking nas montanhas ou simplesmente desfrutar suas belas praias.

Invista uns 4 ou 5 dias para ir além da capital Sófia, vale a pena conhecer alguma cidade pequena e fora da rota turística no interior e, claro, ir até os Sete Lagos de Rila, que fica na cidade de Rila, cerca de 2h de carro da capital, para contemplar uma das mais belas paisagens de toda a Europa.

Para os amantes de arte, história e cultura, ir até a velha cidade de Plovdiv é outro passeio obrigatório. Lá é possível visitar antigos castelos, observar ruínas da Era Romana, adquirir antiguidades no comércio local e muito mais.

Uma boa dica, para qualquer um dos destinos listados acima, é apostar nas viagens entre uma cidade e outra usando o sistema rodoviário. Além das viagens de ônibus serem mais baratas, a locomoção se facilita, uma vez que o sistema ferroviário não é muito desenvolvido.

Como os países são pequenos, não é necessário muitos dias em cada um, em torno de 2 ou três dias é o suficiente para conhecer bem os pontos turístico e desfrutar da culinária local.

Caso você não tenha planos de esquiar ou praticar algum esporte de inverno, a primavera e o outono são as melhores estações do ano para aproveitar esse lado da Europa.

Isso porque nessas épocas do ano as temperaturas são mais amenas e agradáveis e favorecem muito o ir e vir sem a necessidade de roupas pesadas e, também, as cidades não estão tão cheias como ocorre no verão, devido à época de férias escolares.

Leia também: Lugares com neve: 17 destinos para conhecer

Qual a moeda usada?

Estar na Europa, como vimos, não significa fazer parte da UE e seus acordos econômicos bilaterais. Do mesmo modo, fazer parte da UE não é sinônimo de que a nação seja obrigada a aderir ao Bloco do Euro.

Logo, boa parte dos países do leste europeu tem moeda própria. Dentre aqueles que adotaram o Euro, estão:

  • Eslovênia;
  • Eslováquia;
  • Lituânia;
  • Montenegro;
  • Estônia;
  • Letônia.

Os demais países, as moedas locais são as seguintes:

  • Albânia: Lek Albanês;
  • Bielorrússia: Rublo bielorrusso;
  • Bósnia-Herzegovina: Marco conversível
  • Bulgária: Lev búlgaro;
  • Croácia: Kuna;
  • Geórgia: Lari georgiano;
  • Hungria: Florin húngaro;
  • Macedônia do Norte: Dinar macedônio;
  • Moldávia: Leu moldávio;
  • Polônia: Zloty polonês;
  • República Tcheca: Coroa tcheca;
  • Romênia: Leu romeno;
  • Rússia: Rublo russo;
  • Sérvia: Dinar sérvio;
  • Turquia: Lira turca;
  • Ucrânia: Hryvnia ucraniano.

Precisa de visto para ir ao leste europeu?

Uma boa notícia para os brasileiros que pensam em conhecer esse pedacinho da Europa com cultura tão diversa e características únicas, é não haver necessidade de visto para entrada em nenhum dos 22 países.

Basta apresentar o passaporte com validade superior a 6 meses para entrar e ficar em qualquer um dos países pelo período máximo de 90 dias.

Para quem tem tempo disponível é possível conhecer vários países tranquilamente, sem precisar solicitar documentos ou autorizações.

É importante, no entanto, que antes de embarcar verifique junto aos sites oficiais das embaixadas e consulados se é preciso apresentar algum comprovante de vacinação específico e até mesmo comprovação de recursos mínimos para uma estadia tranquila e sem interferências.

Não esqueça o seguro viagem

Nem todos os países da região leste europeia fazem parte do Tratado de Schengen,logo, nem todos solicitam a obrigatoriedade do turista em apresentar um seguro viagem internacional para entrar no país.

Dentre os que fazem parte do Tratado e que, por isso, já na chegada à imigração poderá ser solicitado a apólice do seguro viagem no valor mínimo de cobertura de 30 mil euros, são:

  • Estônia;
  • Eslováquia;
  • Hungria;
  • Letônia;
  • Lituânia;
  • Polônia;
  • República Tcheca.

Assim como os demais países membros da UE, tentar entrar nesses países sem um seguro contratado é arriscar ter que voltar para casa, sem nem ao menos sair do aeroporto.

Mesmo para visitar as demais nações que não cobram a obrigatoriedade de um seguro, fazê-lo é fundamental para garantir a sua segurança e bem-estar.

Lembre-se que imprevistos podem acontecer a qualquer momento, uma simples dor de dente, por exemplo, pode estragar suas férias.

O seguro viagem é um dos menores gastos que um turista tem na hora de organizar um roteiro de férias, porém, como bem sabemos, o sistema de saúde europeu não é gratuito para estrangeiros.

Busque por uma empresa de seguros de sua total confiança, faça um orçamento considerando o perfil da sua viagem, além de seu histórico de saúde.

Não economize na hora de contratar um seguro viagem, quanto maior a cobertura, mais amparado e tranquilo você estará longe de casa.

Lembre-se de fazer cópias físicas e digitais da sua apólice, salvar os números de contatos e pesquisar bem quais são e onde ficam os locais de atendimento, antes de chegar ao destino.

O leste europeu é um destino fora da rota comum para a maioria dos turistas brasileiros, mas é uma opção bem interessante e enriquecedora para quem busca conhecer novos lugares, culturas e desfrutar de uma boa e surpreendente gastronomia.

Como a Europa não exige visto para brasileiros, é possível mesclar suas férias com opções mais tradicionais e populares como França, Itália e Espanha e lugares mais surpreendentes como Letônia, Lituânia e Hungria.

Atualmente, os únicos países que requerem atenção, por conta de conflitos e tensões internas, são: Rússia, Ucrânia e Bielorrússia.

E, então, nossas dicas aguçaram ainda mais a sua curiosidade para conhecer os países do leste europeu?

Para aproveitar sua aventura por terras desconhecidas, não esqueça de solicitar seu orçamento com a Coris Seguro Viagem. Escolha a opção que mais atende as suas necessidades e boas férias!

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